Sempre pensamos que a maneira de nos vestir é uma forma de mostrar quem somos aos outros, uma forma de conexão. Está correto, mas a forma como nos arrumamos também se comunica conosco mesmos. Nossa autoimagem influencia em nosso humor e na nossa disposição, de forma mais inconsciente do que consciente. Estudos mostram que não é apenas a autoestima que se eleva quando vemos uma imagem bonita no espelho, mas também nossos níveis de produtividade, felicidade e criatividade.
Produtividade:
Trabalhar em casa com roupas com as quais você poderia sair para compromissos aumenta a motivação. Isso porque, o cérebro entende a diferenciação entre lazer e trabalho e desperta estímulos intelectuais. Usar pijama ou roupas muito informais eleva muito a taxa de procrastinação e dispersão, de acordo com pesquisas da Universidade de Hertfordshire, nos EUA.
Ao mesmo tempo, se você mostra no ambiente corporativo seu lado especial e único, as pessoas tendem a reconhecer isso. O psicólogo Joshua I. Davis da Northwestern University (EUA) investigou de que forma as roupas influenciam o modo como as pessoas trabalham e identificou que pessoas usando jalecos de cientistas se sentiam mais inteligentes. Outro estudo, da Universidade de Harvard, chamado de “O efeito do tênis vermelho”, mostrou que pessoas que mostram seu lado extraordinário ao se vestir são reconhecidas como competentes. Em outras palavras, um toque de personalidade no código de vestir profissional, como um tênis vermelho com terno, pode elevar o status na firma.
Felicidade:
A felicidade é algo abstrato e motivo de estudo há muito tempo. Porém, psicólogos e estudiosos do tema já apontaram que algumas atitudes vinculadas aos nossos estímulos sensoriais aumentam a sensação de bem-estar, consequentemente de felicidade. Não se trata só de emoções fortes. Portanto, se sentir bem diariamente, com roupas que te representam, um corte de cabelo bonito, a barba bem feita e registrar essa imagem no espelho elevam a autossatisfação. Perfume, roupas gostosas e confortáveis, também podem fazer essa diferença. No trabalho de consultoria de estilo recebemos esse feedback invariavelmente dos clientes.
Criatividade:
A escritora Elizabeth Gilbert, responsável pelo best seller “Comer Rezar Amar”, afirmou em seu mais recente livro “A Grande Magia”, que se arruma quando tem um bloqueio criativo. Mesmo estando sozinha, escrevendo em casa, coloca roupas bonitas, se penteia e se maquia. Ela diz: vista-se de acordo com o romance que quer escrever” e jura que todas as vezes em que usa o artifício de se ver mais bonita as palavras fluem e o texto sai. “Tento sempre me lembrar de que estou tendo um caso com a minha criatividade. Faço um esforço para me apresentar à inspiração como alguém que você olharia e pensaria: Eu teria um caso com ela; não como alguém que está andando pela casa a semana inteira com as cuecas samba-canção do marido porque se entregou totalmente”, afirma a escritora.