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Como usar roupas claras ou escuras para destacar sua beleza natural

Como usar roupas claras ou escuras para destacar sua beleza natural

Postado por em jul 11, 2015 em Blog, Cinema, Consultoria de Estilo, Moda | 0 comentários

Na análise global que faço na consultoria de estilo considero a coloração pessoal, e uma das características que observo para descobrir a cartela de cores do cliente é a sua profundidade. Ou seja, se os tons do seu rosto – pele, olhos, sobrancelha, lábios e subtons como olheira e veias – são mais claros ou mais escuros.

As pessoas mais escuras têm sobrancelha preta ou castanho escura, olhos castanho escuros, cílios mais destacados. As claras têm tons mais loiros, castanho claros ou mais acinzentados. Os olhos também são mais claros e a pele tem menos subtons escuros; as olheiras são mais marrons ou avermelhadas, enquanto pessoas escuras têm olheiras mais roxinhas. Isso não é algo que se mede pelo tom de pele, tem a ver com o conjunto do rosto. Quanto mais escura a pessoa for, mais profunda ela é. Vamos a um exemplo de duas pessoas com cabelos e olhos castanhos, mas com profundidades diferentes: Angelica Huston e Drew Barrymore, no filme Para Sempre Cinderela:

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Bom, ao transpor a coloração pessoal para roupas, o ideal é compor o look de acordo com o nível de profundidade. Quem tem tons escuros, mais fortes, harmoniza melhor com cores que seguem essa linha. Cores muito suaves ou delicadas podem deixá-la sem vida, apagada. Pessoas claras e delicadas ficam melhores com uma cartela com essas características, para não “sumirem” dentro da produção.

rachel bilson e kate bosworth
Duas mulheres que são referência de estilo, brilhando: Rachel Bilson, escura e com roupas idem; e Kate Bosworth, clara e usando tons delicados.

Cores também transmitem mensagens. Não é a toa que uma atriz forte e de cores profundas, como Angelica Huston, foi escalada para viver a madrasta em Cinderela. E sua antagonista, mais romântica, tinha uma coloração oposta – que também é refletida no figurino. Um bom exemplo, e extremamente evidente, de caracterização de figurino também pode ser visto no longa Cisne Negro. Nele, Natalie Portman vive uma bailarina com conflitos psicológicos, que assume duas personalidades. Uma delas é intensa, forte e dramática, usando somente cores escuras. A outra é sensível, volátil e tolerante, vestindo apenas cores claras. E o recurso cromático de apoio ao enredo não se restringe à bailarina, todas as personagens que se relacionam com seu lado “negro” usam cores profundas e vice versa.

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Mila Kunis e Natalie Portman em cena de Cisne Negro

Uma pessoa de cores claras pode não ter exatamente uma personalidade delicada. Ou pode querer transmitir mais força, sobriedade. Então, o uso de cores escuras a ajudará nisso. E o contrário também é válido. Uma pessoa de coloração escura pode querer transmitir leveza, abertura. Para não ficar um look descompensado, a saída é sempre buscar equilíbrio, usar uma maquiagem que destaque mais os traços do rosto ou algum elemento, como um lenço, que esteja na sua coloração pessoal. O bacana é entender como as cores podem agir no nosso estilo e, assim, ter informação para aproveitar seu poder. Não existe certo ou errado, melhor ou pior. Se te interessou saber qual é sua coloração pessoal, entra em contato comigo clicando aqui ;)

Grey Gardens, uma lição de estilo

Grey Gardens, uma lição de estilo

Postado por em mai 28, 2015 em Blog, Cinema, Consultoria de Estilo, Moda, TV | 0 comentários

Grey Gardens (2009) é o filme que reconta a história do documentário de mesmo nome, sobre a tia e a prima de Jacqueline Onassis (as duas chamadas Edith Bouvier Beale ou “Big Edie e Little Edie”). Feito para a HBO, é um pouco mais palatável ao gosto atual da audiência do que o documentário original, e com um ponto, ou melhor, dois, incríveis: Jessica Lange e Drew Barrymore nos papéis principais. O filme está disponível no catálogo do Now, da Net, na oferta da HBO, entre aqueles que não temos que pagar. Ótima oportunidade.

Para mim, além de uma história maravilhosa, é um belo exemplo do que se pode chamar de estilo pessoal. Principalmente a figura da Little Edie. Isso porque, os dicionários e afins – você pode verificar aqui e aqui – deixam a desejar e não explicam muito bem o que seria estilo quando se trata de um adjetivo aplicado a pessoas. E com elas vemos o que é sendo.

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Little Edie em duas etapas da vida

Eu, como consultora de estilo pessoal, posso dizer que é o conjunto de escolhas, gostos e prioridades que traduzem a personalidade de alguém. Quando colocado em expressão visual, em roupas, acessórios, cabelo, maquiagem, indumentárias ou na falta delas também, pode ser chamado de estilo. Uma pessoa que se destaca entre as outras, que quando vemos algo e nos lembramos imediatamente dela e soltamos “nossa, esse lenço (gravata, colar etc) é a cara de fulano”, que tem sempre uma coerência ao se apresentar, uma presença marcante – ainda que use roupas discretas, tem um estilo bem definido. Isso não quer dizer que aquele seu amigo que veste a primeira camisa da gaveta não tem estilo nenhum. TODO MUNDO tem estilo. Afinal, todos fazemos escolhas, mesmo que seja vestir qualquer coisa – quem é assim quer mostrar que não liga para moda, que tem um estilo descontraído ou rebelde. Alguns sabem expressá-lo bem, outros nem tanto.

Voltando ao filme, as personagens principais tem um estilo muito próprio e seguem assim até mesmo quando perdem o senso de convívio em sociedade, até mesmo quando estão em um mundo à parte. Um exemplo muito claro de autoconhecimento e expressão. Eu fiquei fascinada.

Bom, a história, já devo ter causado curiosidade, é sobre mãe e filha que vêm de uma alta linhagem nova-iorquina, porém, por conta dos revezes da vida e da falta de tino para sobreviver financeiramente, acabam perdendo tudo o que têm. Assim, vivem isoladas na casa de praia da família, a Grey Gardens, num mundo onde pensam ter glamour, mas onde só há insalubridade e decadência.

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Mãe e filha em tempos áureos e depois vivendo a duras penas, mas ainda mantendo o estilo

Além de uma aula de estilo, a história nos faz pensar sobre valores e determinação. De alguma forma, essas duas mulheres se mantiveram firmes em suas crenças. O ar kitsch e o evidente viés fashion fez da obra original um cult entre o povo indie e fashionista. Contudo, acho que é muito mais interessante olhar para essa história com a cabeça aberta e despida de preconceitos. O que quero dizer é que não devemos encarar as Edies como duas criaturas excêntricas e divertidas em sua viagem autoalienante. Acredito que elas foram mulheres a frente de seu tempo, em uma sociedade onde não havia espaço para que crescessem. Aferradas em seus valores, sucumbiram e não tiveram meios para sobreviver.

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O antes e depois de Grey Gardens

Se interessar ver também o lado real dessa história, tá aqui o documentário, de 1975, inteirinho no Youtube:

Coloração pessoal: descubra como realçar seus tons naturais

Coloração pessoal: descubra como realçar seus tons naturais

Postado por em abr 23, 2015 em Blog, Consultoria de Estilo, Moda | 4 comentários

Sempre que toco nesse assunto, o interesse das pessoas cresce. E acho que não à toa. Na consultoria de estilo pessoal, umas das ferramentas que ajuda muito a fazer o brilho de cada cliente emanar é identificar qual é sua coloração pessoal para, a partir disso, definir uma cartela personalizada. Com isso, ele saberá quais cores fazem seus tons de pele, cabelo, lábios e olhos se destacarem e ainda pode montar um guarda-roupas em que tudo dentro combina entre si. Não é muito legal?

Como isso funciona? Vamos saber primeiro de onde veio. Era uma vez, uma das mais importantes escolas de design da história, surgida na Alemanha, a Bauhaus. Foi lá que o professor Johannes Itten, no estudo de composições harmônicas, percebeu em seus alunos um padrão de comportamento: ao escolherem cores para pintar uma obra, iam nos tons que se aproximavam da sua própria coloração… Aqueles com cabelos escuros, com olhos em cores intensas, acabavam escolhendo cores vivas e puras. Alunos com cabelos mais claros, olhos mais acinzentados, pele suave, optavam por cores mais opacas e delicadas.

Algum tempo depois, nos anos 70, mulheres que se reuniam para vender maquiagem, roupas e até tupperware, perceberam que a teoria do professor alemão poderia ser transferida das artes plásticas para o dia a dia, sendo aplicada para realçar a maneira de se vestir, se maquiar e tingir o cabelo. Hoje, esse sistema se chama “análise de cores sazonal expandida”, pois usa as estações do ano na nomenclatura como, por exemplo, “verão suave” e “inverno profundo” – não é lírico?

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As cores que ficam bem em uma pessoa são aquelas que a complementam, emolduram seus tons naturais, harmonizam com eles. Fazendo uma analogia com o conceito que pensamos para as roupas, devem fazer o ser humano aparecer e não se destacarem mais do que ele, capisce? O tom ideal pode dar um rubor nas bochechas, amenizar olheiras, destacar a cor dos olhos. Sem truque, é uma mágica feita com técnica ;)

E como é feita a análise? Coloco no cliente um avental e uma faixa no cabelo para isolar outras cores que não sejam as do rosto. E com tecidos coloridos, sob luz natural, vou analisando os efeitos de diferentes temperaturas, intensidades e profundidades para, com muita técnica e concentração, chegar na coloração pessoal. A cartela definida será uma ótima aliada para escolher peças que destaquem seus tons naturais e também que combinem entre si, uma vez que vai conter cores que se harmonizam umas com as outras.

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Porém, ninguém é obrigado a ficar preso à cartela da coloração pessoal (ainda que muita gente se apegue com amor a ela). O bacana é que, uma vez sabendo o efeito das cores sobre nós, podemos usá-las de forma inteligente. Se eu tenho uma blusa preta que me deixa muito abatida, por exemplo, posso usá-la com um colar cuja cor me favoreça, ou fazer uma maquiagem que equilibre e pronto! Vale dizer que as cores da cartela pessoal fazem mais sentido perto do rosto, onde temos mais variação de tons. Então, posso usar uma saia no meu laranja preferido, mas que está fora da cartela. Além disso, cores têm mensagens e códigos culturais embutidos nelas. Vermelho-paixão, azul-tranquilidade… não é? E essas informações também contam na consultoria e são consideradas no momento de montar a cartela para o cliente, somadas, É CLARO, ao gosto pessoal. Mas, isso é assunto para outro post ;)

Se te interessou descobrir qual a sua cartela de cores pessoal, me deixa um recado aqui ou me manda um e-mail que eu te conto como posso fazer isso para você! camilar80@gmail.com.

*Com informações de Oficina de Estilo e Color Revival

*Foto de destaque: doloresamabile/ Foto das celebridasdes: selfishseamstress

Eu não ando na moda e sou tendência?

Eu não ando na moda e sou tendência?

Postado por em abr 14, 2015 em Blog, Consultoria de Estilo, Destaques, Moda, Tendências | 0 comentários

Sim! Mas, se você andar na moda, também pode ser tendência. E pode, inclusive, ser muito chique e estiloso, sem estar em tendência nenhuma.

Deu um nó?

Bom, ter estilo independe do que os estilistas, a indústria têxtil e as lojas apontam como legal vestir. Mas, ironias da vida, hoje, usar o que todo mundo usa, o que ninguém impôs, o que é popular, virou moda. E  os estilistas, a indústria têxtil e as lojas olharam para as pessoas nas ruas para fazer o que está nas vitrines agora. É a tal da tendência Normcore. O normal no centro. É um movimento muito mais amplo, de cunho social, que engloba a moda.

Esse termo surgiu de um estudo de agências que ficam de olho no comportamento das pessoas para identificar novidades relevantes, que em breve todos vamos adotar. Eu fiz um curso de cool hunting que ensina a pesquisar e abordar temas dessa forma. E hoje trabalho com consultoria de estilo pessoal, que é algo parecido, mas aplicado a um universo micro, o da pessoa, do cliente. Gosto de pensar que essas duas visões tem um conjunto de intersecção, compartilham um resultado (alô, aula de matemática, falei certo?).

Explico isso e também um pouco mais para o Max Fivelinha – que é um querido e já não usa nada no cabelo e anda bem Normcore (BRINKS). Dá o play e prestigia minha primeira entrevista do outro lado do balcão:

Se essa história de  ter um estilo próprio, de como fazer para expressar sua personalidade na aparência, como usar roupas de forma esperta e consciente te interessa, me manda um email ;) contato@ninguemperguntou.com ou camilar80@gmail.com

O que é Consultoria de Estilo Pessoal?

O que é Consultoria de Estilo Pessoal?

Postado por em mar 9, 2015 em Blog, Consultoria de Estilo, Destaques, Moda | 4 comentários

Moda e comportamento sempre foram grandes paixões. Sou formada em jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, de São Paulo, e no começo da minha carreira trabalhei como assessora de imprensa para empresas de moda. Depois, andei por outros caminhos até que, há alguns anos, decidi voltar a profissionalizar os temas que gosto, afinal, eles nunca saíram da minha vida. Foi assim que me encontrei fazendo a especialização em “Consultoria de Estilo Pessoal” da Oficina de Estilo.

Todos nós temos gostos e escolhas de vida. Podem ser culturais, gastronômicos, políticos, de lazer. Também temos deveres – trabalhamos, pagamos impostos, somos responsáveis por muitas coisas que a vida traz ou que buscamos ter. Além disso, temos memórias, que nos confortam, e aspirações, que nos fazem desejar o futuro. Tudo isso molda a forma como vivemos e como nos expressamos.

A consultoria de estilo pessoal – também conhecida como personal styling – reconhece e sente os valores e escolhas dos clientes, sem julgamentos, sem imposições, para traduzir coerentemente seu modo de vida em expressão visual. Para isso, trabalha por meio das roupas, da aparência e da postura visual, considerando também pontos como corte de cabelo e maquiagem. As roupas são nossa segunda pele, elas nos abraçam e podem se comunicar conosco mesmos (sabia disso?) e com o mundo. É o cartaz que mostra quem somos e o que queremos. São símbolos que transmitem mensagens e nos conectam com as pessoas. Mas, acima de tudo, que carregamos muito próximos a nosso ‘eu’. A consultoria de estilo pessoal, portanto, analisa e trabalha o autoconhecimento para que a expressão visual esteja de acordo com as prioridades de vida e de alma de cada um.
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Como funciona?
Eu trabalho com o método desenvolvido pela Oficina de Estilo, escritório da dupla Cristina Zanetti e Fernanda Resende que, desde 2003, faz um trabalho focado em autoconhecimento, entregando ferramentas para o cliente montar looks certeiros, de acordo com suas expectativas e necessidades.

Por meio de técnicas de empoderamento, a consultoria é conduzida com etapas de análise e etapas práticas. Primeiro, junto ao cliente, identifico suas vontades e prioridades para encontrar sua identidade visual. Na sequência, passamos por fases práticas que exercitam a forma de vestir, sua relação com as roupas, considerando diversos aspectos. Dessa forma, chega-se a uma expressão visual alinhada ao estilo pessoal, que fará parte de sua vida.

Para quem serve?
Não é só para celebridades. Qualquer um pode fazer uma consultoria de estilo. Se você foi promovido ou mudou de emprego (eba!) e precisa impressionar ou se adequar ao novo ambiente profissional, uma ajuda para transformar seu estilo natural em um estilo-poderoso-corporativo pode ser muito bem-vinda. Também é um processo mágico para aqueles que estão alimentando a autoestima, se conhecendo melhor, e querem promover mudanças no visual. Ou para quem perdeu ou ganhou alguns quilos e as roupas de sempre já não caem tão bem. Ou simplesmente para ter uma habilidade mais desenvolvida ao expressar-se visulamente – e ficar mais belo! A consultoria, investiga, treina e ensina, para que se tenha um conhecimento duradouro sobre estilo. Pode ser que de vez em quando você queira mais uma ajudinha da consultora – em momentos de mudança, viagens ou liquidações – mas na vida real, no dia a dia, estará apto a combinar roupas e criar looks com a sua cara.

O que se ganha com isso?
Clareza e visão do próprio estilo e habilidade para montar looks e ir às compras de forma planejada; Conhecimento sobre consumo consciente, de como comprar de forma inteligente, que não desperdice o seu dinheiro, e sustentável, que contribua para um mundo mais equilibrado; Um guarda-roupas funcional e prático; Novos looks, que valorizam a silhueta e expressam a identidade visual – registrados em um look book; Uma identidade visual com direcionamentos personalizados para seguir aplicando o que aprendeu durante a consultoria.

Essa é uma mágica possível. Não tem truque ;) Se te interessou, me manda um email no camilar80@gmail.com que eu te conto mais detalhes.

Foto: Rayanna Autiama

O que usar em casamentos? O Oscar, o Grammy e o Emmy respondem

O que usar em casamentos? O Oscar, o Grammy e o Emmy respondem

Postado por em fev 25, 2015 em Blog, Consultoria de Estilo, Moda | 0 comentários

Passado o carnaval, todo mundo sabe, o ano começa de verdade. O calendário oficial de eventos, portanto, entra em vigor a partir de agora e se você tiver um casamento em vista, já pode começar a pensar no que vai usar.

E para tratar do assunto estamos em um bom momento, uma vez que acabamos de ter uma temporada de tapetes vermelhos (fiz post aqui  e aqui). Os vestidóns das celebridades nos ajudam a visualizar como pode ser uma bela roupa de festa. Sabemos que a esmagadora maioria delas conta com a ajuda de consultores de estilo que observam o que vai cair bem tanto nelas quanto na ocasião. Então, vou tomar essas produções de exemplo para dar umas dicas de como escolher um belo look, caso você seja madrinha ou convidada. Para as noivas, o assunto merece um capítulo à parte ;)

Em primeiro lugar
Existem códigos de vestir (dress codes) que até podem vir indicados no convite do enlace. Seja qual for, tenha em mente o seguinte: é legal e demonstra respeito e cuidado ir a um evento vestida da forma que os anfitriões esperam. Porém, atualmente, tanto a moda quanto a sociedade já não têm regras tão engessadas quando se trata de se vestir de forma adequada. Vale escolher uma roupa de festa, mas expressar no visual sua personalidade, seu estilo. É muito importante, também, escolher um modelo que não te deixe desconfortável, não aperte, não saia do lugar, não pinique e que você goste de verdade. Ninguém merece ficar encanada o tempo todo, verificando no espelho do banheiro se “está tudo bem” ou com medo de se jogar na pista de dança e alguma coisa desmontar.

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Vestidos curtos como o Balenciaga usado por Chloé Moretz na festa pós-Oscar 2015 são permitidos em quase todos os tipos de festa. Só o black tie exige longo.

Aqui vale uma ressalva: a noiva pode pedir que as madrinhas sigam direções de roupa. Algumas pedem para ir de longo, outras não querem que as cores se repitam no altar, outras sugerem que todas as madrinhas escolham vestidos da mesma cor. Ainda assim, dá para escolher o modelo que valorize mais o seu corpo, mostrar seu estilo na combinação de acessórios e maquiagem. E vale trocar ideias com a noiva e as madrinhas para que tudo saia de acordo, de forma natural e divertida – alô, grupos de Whatsapp.

Dress code
Em geral, roupa de casamento tem que parecer de festa. Ou seja, algo que você não usa no dia a dia, um visual mais caprichado. Se o casamento for black tie, quanto mais elementos dos que vou citar que passam a mensagem de “roupa de festa” você usar, mais adequada estará. Porém, para alívio de todo mundo, quase ninguém casa nesse estilo. Outras denominações como passeio, passeio completo, esporte fino ou garden chic causam muita confusão, então minha sugestão é que você se atente para o horário da celebração, o local e o número de convidados.

Se for uma festa grande, em local suntuoso (igreja famosa, local de eventos mega produzido etc) e à noite, muito mais chances de que as pessoas se vistam de forma mais opulenta, com brilhos, tecidos finos, vestidos mais rebuscados. Se for um almoço só para os próximos, é mais livre, dá para usar vestidos curtos, estampas mais alegres. Um casamento no meio termo, digamos na praia, permite descer do salto e também aproveitar as estampas tropicais. Contudo, se esse evento for uma festa caprichada, num resort à beira-mar, por exemplo, vale refletir isso no look também e junto com a rasteira e a estampa, escolher um tecido mais sofisticado, usar bijuterias mais elegantes, alguns elementos mais festivos. É tudo uma questão de ir adicionando e coordenando as peças para que, no conjunto, o visual reflita a ocasião.

Looks para o dia – Festival de Cannes 2014:

Eva Herzigova in Dolce & Gabbana
Eva Herzigova de Dolce & Gabbana

Sofia Coppola in Michael Kors cannes
Sofia Coppola de Michael Kors

Looks para a Noite – Oscar 2015:
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Emma Stone de Elie Saab

 

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Rosamund Pike de Givenchy – mesmo sem brilho, o vestido é todo cheio de detalhes, de tecido fino, com cara de festão

Estampas, cores e tecidos
Tecidos finos e naturais, como seda, mousseline, crepe de seda, cetim e tafetá combinam com festa. Quanto mais brilho tiver, mais para um visual noturno ou de festa formal ele será. Cores e estampas diversas estão liberadas para qualquer ocasião. Contudo, vale observar, principalmente no caso de estampas, quais transmitem mais sensação de dia, ar livre, natureza e quais combinam mais com eventos noturnos e festas fechadas. Cores claras, estampas grandes, florais e tropicais ~na maioria dos casos~ combinam mais com dia e informalidade. Estampas menores, abstratas ou mais escuras, com menos cores na padronagem, remetem à noite e formalidade.
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Hailee Steinfeld, na Festa pós-Oscar da Vanity Fair, mostra como usar uma estampa chamativa à noite

Os tecidos naturais, além de terem melhor caimento, deixam a pele transpirar e têm uma aparência mais polida. Existem algumas peças de tecido sintético (como poliéster) que são bonitas e podem encarar uma festa, mas tenha em conta que elas esquentam – para um casamento de dia, em janeiro, pode ser uma má ideia. Em compensação, se você tiver que encarar a estrada ou um avião para ir ao casamento podem ser uma boa, pois não amassam.

E atenção: proibido branco e preto no altar, o primeiro por competir com a noiva e o segundo por ser a cor do luto. Mesmo se você for uma convidada, é altamente recomendável evitar branco e off white, porém preto está liberado.

Com essas informações em mente, vale tentar equilibrar o look com a ocasião. Brilhos, por exemplo, não são proibidos durante o dia, mas um vestido inteiro de paetês fica melhor usado à noite. Se o modelo tiver somente alguns bordados brilhantes, use sem medo em uma festa diurna, mas observe se dá para “controlar” esse brilho usando acessórios mais neutros, de material opaco, por exemplo. Vale a pena dar uma olhada em como as estrelas de Hollywood se “desmontaram” para ir à festa da Vanity Fair, logo após a cerimônia do Oscar, que era um pouco mais relaxada do que a entrega dos prêmios no Teatro Kodak.

Modelos
Altar de igreja pede compostura. Então, as madrinhas devem tomar cuidado com decotes, fendas e transparências muito abusivas. Se o casal escolheu fazer os votos em uma igreja, algo de recato deve ter ali e vale respeitar seus modos e valores, afinal esse momento é deles, certo?

Bom, cabe também lembrar das indicações da noiva. Fora isso, tudo é permitido, em comprimento e modelo. O que vai determinar o grau de formalidade são tecido, estampa e acabamentos (bordados brilhosos, recortes, mangas pronunciadas e afins). Vestidos com bordados, tecido fino, design sofisticado, formas mais chamativas e exageradas (caudas longas, golas grandes), que estejam na linha do tapete vermelho do Oscar, são mais formais. Já os que são estampados em cores vivas (amarelo, laranja, vermelho), com menos elementos de design, de tecidos mais leves (basta reparar no efeito) costumam ser mais informais. Pense nos tapetes vermelhos de Cannes, cidade praiana em que muitas premiéres acontecem durante o dia.

Para escolher o modelo que melhor veste seu corpo, a dica é prestar atenção onde está seu peso visual. Dos pés à cabeça, onde você tem proporções maiores? É válido também analisar como são suas formas: mais retas e angulares ou mais curvilíneas?

Vestidos que marcam a cintura e abrem a saia em A ficam ótimos em mulheres com o tronco mais reto, sem muitas curvas:

Anna Kendrick
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Anna Kendrick, que é magrinha e mais reta, mostra no Globo de Ouro e no Oscar 2015 que é mestra em criar uma cinturinha e até aumentar os seios com o vestido.

Já as que têm o quadril maior que a cintura e/ou os ombros podem preferir vestidos que deem volume na parte superior, com detalhes na parte de cima ou que realcem os seios ou o ombro:

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Izabel Goulart usa vestido com mais informações da cintura para cima, em Cannes

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Margot Robbie usa vestido com decotão em V e colar de impacto, que chamam atenção para o colo e desviam o olhar da parte de baixo. A saia soltinha do modelo Saint Laurent cai ao lado do quadril, sem evidenciá-lo. A cor escura também ajuda a diminuir porporções.

Por sua vez, as curvilíneas, podem ficar bem em vestidos sereia, que são justos no tronco e abrem do meio para o final das pernas. Modelos com recortes e drapeados que definem a cintura e ampliam o quadril também são perfeitos. Vale a pena acentuar as formas femininas!

scarlett johansson atelier versace
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Scarlett Johansson e Zoe Saldana, ambas de Atelier Versace, maison cuja marca registrada é delinear as curvas femininas, exibem a boa forma no Oscar desse ano.

Já quem tem a parte superior do corpo com o maior peso visual, com ombros e/ou seios mais largos que o quadril, pode optar por criar volume na parte de baixo, com estampas e/ou saias mais rodadas e armadas.

Jess Weixler in Martin Grant cannes
Jess Weixler de Martin Grant, em Cannes. O top preto diminui o peso da parte de cima e a saia ampla estampada (duas técnicas juntas) dá mais volume para a parte de baixo. Decote não é proíbido, pelo contrário. Basta saber equilibrar as proporções.

Chanel Iman Cannes
O vestido que a modelo Chanel Iman usou em Cannes é de um ombro só, com drapeado diagonal, que desvia a atenção dos olhos das linhas horizontais mais amplas dos ombros e dos seios, dando uma ilusão de ótica de tamanho menor ;)

Para as mulheres que têm peso visual no tronco, o bacana é criar curvas mais femininas e disfarçar a barriguinha com a magia das roupas! Vestidos envelope, estampas na diagonal, decote império (logo abaixo dos seios) e vestidos em formato A de tecido plano (que “cola”menos no corpo) são uma boa alternativa:

Freida Pinto in Michael Kors cannes
Freida Pinto com Elie Saab de decote império bem estruturado, no tapete vermelho de Cannes 2014.
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Viola Davis foi ao último Oscar com um modelo Zac Posen de tecido plano, com recortes e drapeados que criam curvas.

 

E as de estilo mais ousado podem ainda abandonar o vestido e ir de conjunto de calça ou macacão – opções apropriadas para convidadas a não ser que a noiva libere claramente as madrinhas. Seguindo as mensagens de tecidos, brilhos e acessórios que podem ir a uma festa, fica lindo e superestiloso:

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Gwen Stefani de Versace do Grammy 2015
Emma Stone
Emma Stone de Lanvin no Globo de Ouro 2014

Acessórios
A maneira de analisar o grau de formalidade dos acessórios não difere das roupas. Bolsas pequenas, de material brilhante, bordadas e de alça fina são bem formais. As que se afastam disso, vão ficando informais. Da mesma forma brincos estilo chandelier, de pérolas e pedras brilhantes, são formais. Já os de metal liso e desenhos geométricos são mais informais. Sapatos de cetim, salto fino, de formas mais delicadas são formais. Os de formas mais quadradas, saltos mais grossos e de couro liso são informais. Uma sugestão minha: melhor escolher bijuterias e joias de metal, ouro e prata. Materiais mais artesanais, como madeira, tecido ou pedras rústicas, são mais difíceis de coordenar com roupa de festa. Se quiser compor o visual sem arriscar, basta seguir o estilo do vestido.

Uma dúvida recorrente, que inclusive eu já passei: sim, as madrinhas podem segurar suas bolsas no altar. Mas, desliguem o celular, pelamordedeus!

O bacana é que os acessórios podem ser usados para dar o tom, aumentar ou diminuir o grau de formalidade. E também te ajudam a dar seu toque de personalidade, em complemento ou contraposição ao vestido. Como falei lá em cima, as regras de vestir hoje são menos rígidas. Por exemplo, um vestido longo, bem chique, de seda e com bordados, pode ficar bem interessante combinado com uma sandália mais pesada (de tiras e salto mais grossos). Uma coordenação ótima para quem é moderna e fashionista. Contraste de cores é outro artifício de estilo que pode funcionar muito bem. Ou um cinto bordado pode dar um toque mais sofisticado em um vestido florido, que não parecia muito chique. Um efeito que pode ser conseguido também com um colar mais reluzente. O mais legal de ocasiões assim é se divertir montando o look, aproveitar para se sentir em um tapete vermelho mesmo! É hora de brilhar :)
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Taylor Swift no Grammy 2015, foi de sandália Giuseppe Zanotti mais pesada e colorida, em contraste com a cor do vestido

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Cate Blanchet apostou em um colar Tiffany turquesa no Oscar

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Lily Cole usou um loafer Valentino para diminuir a formalidade do vestido Dior no Elle Fashion Awards 2015

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Lucy Hale coordenou acessórios delicados para glamurizar o look mais informal, com barriga de fora, no VMA 2014

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E Jennifer Aniston economizou nos acessórios na noite do Oscar, mas foi com um de impacto: Justin Theroux.

 

Para mais informações e dicas boas relacionadas a casamento, sugiro acompanhar o site Casamento Bem Planejado, que é expert no assunto. Entra lá, siga o conteúdo na redes sociais ;)

Fotos: Harper’s Bazaar, Vanity Fair, Hollywood Report, Elle.uk e Perez Hilton

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