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Djobi Djoba na moda

Djobi Djoba na moda

Postado por em fev 9, 2015 em Blog, Moda, Tendências | 0 comentários

Eu já estava com essa ideia de post e fui fazendo um painel no Pinterest com referências (desculpa, tenho a alma indie e a mania de dizer que gostei before It was cool). Agora chegou o momento oportuno para falar sobre.

A Espanha virou tendência. Não exatamente o país, mas seus trajes típicos, que estão inspirando o visual das fashionistas por aí. Isso não veio do nada, claro. Em setembro de 2014, a casa italiana Dolce & Gabbana desfilou uma coleção explicitamente dedicada à terra da paella. Como já haviam feito há algumas temporadas um desfile inspirado na Itália, que virou febre no mundo fashion, não seria surpresa a repetição do sucesso. Porém, não é só esse o motivo. A coleção tá lindíssima. E algumas pitadas de Espanha já estavam aparecendo antes disso. Em 2013, Ralph Lauren fez uma coleção belíssima com essa referência. O atual revival dos anos 70 na moda, década cigana, hippie, um estilo cheio de babados, xales, acessórios rebuscados e flores no cabelo, não só tem elementos que derivam como casam superbem com a indumentária sevilhana. O cenário está montado, portanto, para que a tendência ganhe as ruas.

Ralph Lauren – primavera 2013
ralph lauren spring 2013

Dolce & Gabbana – primavera 2014 – um pouco antes da coleção totalmente baseada nos trajes típicos espanhóis

saia de bolinha spring 2014

Dolce & Gabbana – primavera 2015 – esse look sim é da coleção-desejo que está inspirando todo mundo
dolce passarela springe 2015

Aí, veio o Baile da Vogue, o clipe da Madonna, lançado na sexta, e o Grammy, ontem. Espanholas e toureiras para todo lado. No Balie da Vogue, dois looks tirados diretamente da passarela e algumas tentativas um pouco frustradas. Já a titia Madge arrasou encarnando a toureira em Living for Love, vestida de Moschino.  Ela sempre curtiu um sangre latino, né, lembra do clipe de Take a Bown ou da chavecada no Antonio Banderas? Hahaha. No Grammy, dois dias depois, ela repetiu a dose com um look parecido, mas dessa vez Givenchy. A capa da revista Estilo de fevereiro traz a blogueira mais influente do Brasil, Camila Coelho, com um vestido (lindo!) da primavera Dolce & Gabbana. Com todas essas maisons e influenciadoras abraçando a moda lançada pela dupla de estilistas italianos, alguém ainda duvida que a disseminação vai ser rápida?

A modelo Caroline Trentini de Dolce & Gabbana, no Baile da Vogue
carol trentini

A blogueira Camila Coutinho, no mesmo evento, com a mesma grife
camila coutinho

Carolina Dieckmann, no bailão também. Princesa Lea e animal print? Oi?
carol dieckman

Madonna, de Givenchy, no Grammy 2015
madonna grammy

O arquétipo mais evidente é aquele baseado na figura da sevilhana, forma como os espanhóis chamam a dançarina de flamenco. A dança flamenca se originou dos ciganos que viviam na região sul do país, a Andaluzia. Foi lá, na cidade de Sevilha, que esse ritmo ganhou força em feiras e festivais. As bailaoras usam vestidos com muitos babados, justos no corpo, com a saia rodada, assessórios como xales, adornos como pente e flores no cabelo, sapatos de salto e castanholas que marcam a batida da música conforme elas dançam.

Coleção primavera Dolce & Gabanna, cheia de referências flamencas/sevilhanas:

Saia rodada da bailaora
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Vestido com mix de duas estampas típicas da sevilhana, flores e poá
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Sapatos inspirados nos usados para dançar flamenco
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Bolsa no formato de castanhola
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Basta levar alguns itens de maneira mais suave e menos evidente para a vida real, que fica fácil de usar. E lindo. Além do visual ultrafeminino, é possível fazer a linha mais sóbria e masculina, com referências menos óbvias. Olha que lindo esse paletó inspirado nas jaquetas dos toureiros. Os domadores de feras (ui) são uma ótima inspiração de silhueta, com a cintura alta e os boleros. Dá para montar um look elegante e ainda modelar o corpo, basta saber lidar com as proporções: cintura alta alonga a perna, boleros colocam o peso visual na parte superior do corpo e jaquetas ajustadas delineam o tronco.

Jaqueta, paletó, calça e shorts
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Usar com jeans é uma boa maneira de equilibrar a forte mensagem feminina e sexy inerente ao visual sevilhana a ainda assim ficar interessante e bela. Flores e presilhas no cabelo com qualquer outro tipo de roupa podem dar um toque simples e impactante! O leque é outro jeito fofo e muito útil de incorporar a tendência às produções do dia a dia, principalmente no verão. A renda preta também é uma forma de usar sem ser muito óbvia. Peças com esse material, mais sóbrias, que remetem ao catolicismo a às vestimentas mais tradicionais da aristocracia espanhola  – que foram subvertidas nas mãos de Stefano e Domenico – podem ser uma boa para o outono/inverno.

Close nos detalhes do desfile de primavera 2015 da Dolce & Gabbana
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Look com jeans
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Renda preta
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E para terminar, duas fotos vida real. Veronica, minha amiga linda com seu leque, que inspirou esse post. E eu, de flor no cabelo :)

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Fotos: Style.com, CBS, O Globo, UOL, Garotas Estúpidas, Tati Pilão, Revista Estilo e Vogue America

Três dicas rápidas com o tema cinema

Três dicas rápidas com o tema cinema

Postado por em fev 5, 2015 em Blog, Cinema, Literatura, Moda | 2 comentários

Estamos perto de dois grandes eventos, Carnaval (17/2) e Oscar (22/2). Festa, filmes e feriado. Juntei tudo num tema só, com dicas que servem para quem curte um sossego gostoso ou para quem quer sair bonito no bloco. O cinema é o elo.

Um filme sobre um filme (e sobre teatro também)

Sentei no escurinho do cinema sem saber quem era o diretor do filme que ia ver. Só soube o nome quando os créditos subiram. Poucas vezes isso aconteceu. Sou jornalista e o mundo a minha volta acaba não deixando que eu tenha momentos de (doce) ignorância como esse. Sim, por que acho bom ser surpreendida pelo que vem pela frente. Detesto spoilers, num nível que às vezes olho para baixo em trailers (sou louca?).

Bom, digo isso, pois o responsável pela direção de Birdman (2014) é um sujeito tarimbado. Não vou falar quem ele é nem quais foram seus trabalhos anteriores, mas, vocês, amigos meus, pelo menos a maioria, já devem saber. Só digo que são muito diferentes desse. E muito bons. Mas, esse é melhor.

Me apaixonei por tudo. A trilha sonora, que é uma bateria apenas, tocando no ritmo tenso da movimentação do protagonista, é original e perfeita. Me apeguei na batida, pois uns dias antes vi Whiplash (2014), também dessa safra do Oscar, e to curtindo uma batera. Os vários planos-sequência, a montagem, a fotografia, a direção de elenco, tudo é bom. Sobre o time de atores, só sabia da presença de Michael Keaton, no papel principal, e de Emma Stone. E aí ~uau~ temos também uma versão pós-dieta de Zach Galifianakis, o gordinho de Se Beber não Case (2009), que continua brilhante mesmo sem os quilos a mais, Naomi Watts, impecável e tão musa quanto Emma, e Edward Norton, que há algum tempo não nos presenteava com uma atuação nível Clube da Luta (1999). Aliás, ele e Keaton concorrem ao Oscar nas categorias de ator e Emma na de atriz coadjuvante. O filme foi indicado a nove estatuetas ao todo.

Da história, só vou contar que é sobre um ator que fazia um personagem dos quadrinhos, o tal Birdman, em Hollywood. Anos depois da fama alcançada com o blockbuster, ele decide montar uma peça de teatro na Broadway. Nós então, acompanhamos seus dias de ansiedade antes da estreia. É claro que tem muito mais, contudo, quero que você se surpreenda tanto quanto eu.

Michael Keaton e Edward Norton “revivendo” Clube da Luta
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Fiquei vidrada no figurino da Emma Stone. Não tem nada de mais, só que é todo preto, chumbo e roxo, bem escuro, deixa a pele dela pálida, acinzentada, para combinar com o contexto da personagem. É de propósito, claro. Eu estou estudando essas paradas de estilo e reparei. Cores são importantes na vestimenta. E muito bem trabalhadas no cinema. Em 500 Dias com Ela (2009), o diretor pediu para pesarem a mão no azul do figurino da Zooey Deschanel com o intuito de destacar seus olhos. Isso sem falar na filmografia toda do Wes Anderson. Segurem essas infos, no momento apropriado volto no assunto aqui ;)

Adereços que parecem tirados de um filme (ótimos para o carnaval)

Sou uma pessoa bastante urbana, acho. E prática. Mas, dizem que com a idade a gente vai se soltando, né? Bom, estou cada vez mais com vontade de me montar a.k.a enfeitar. Quando vi o perfil do Instagram da Can Can Acessórios achei tudo tão lindo que precisei conferir ao vivo.

Fui até o ateliê em Pinheiros e conheci a Fernanda Guimarães, designer responsável pela marca, que existe há seis anos e está com ateliê próprio em São Paulo há dois. Os adereços de carnaval são uma belezura e vão enfeitar as cabeças de bonitas no Balie da Vogue, do Copa e dos blocos mais animados de São Paulo, Rio, Minas e Brasil afora.

São cocares, tiaras com arranjos de fruta para fazer a Carmem Miranda, penas de melindrosa, cartolas de colombina… Fernanda veio da equipe de estilo da Fábula, marca infantil da Farm, então a pegada lúdica e a vocação para adornar as mulheres estão explicadas ;) No Blog da Can Can, dá para ver as inspirações, modos de usar, novidades, vale a visita! Ah, e os hipster moços mais livres de espírito podem aderir à montação, tem fotos boas lá para ajudar no look.
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A marca também tem linhas regulares de acessórios para usar em qualquer ocasião, como colares, coroas de flores, chapéus e pentes de cabelos (meus preferidos). Em março, deve chegar a coleção de noivas.

Além do ateliê, a Can Can tem e-commerce. Nesse sábado (7/2/15), o espaço, que fica na João Moura, 498, casa 2, em Pinheiros, São Paulo, vai realizar um “auezinho”com descontos progressivos, música, chup-chups (sacolés, gelinhos, escolha sua nomenclatura hahaha), maquiagem, entre outros agradinhos.

Um livro de receitas de filmes (e de séries também)

Cozinhar e comer, duas coisas tão trivais, tão necessárias a nossa sobrevivência, que hoje ganharam uma aura de glamour, de fetiche. Quando posto foto de comida no Instagram é um engajamento tão alto, só perde para cerveja! (Por que será? ;)) Bom, acho que fetiche alimentício sempre existiu né? Uma questão socioantropológica que talvez a autora desse livro possa me responder. Já o glamour, eu acho que é um fenômeno atual.

E se o mundo gourmet se unir ao dos filmes e séries, assunto explosivo e passional, que gera até briga entre amigos (falei da questão de spoliers dois posts acima, então, nego se mata) o que pode acontecer? O que acontece, é altamente incrível. Um livro com as 100 melhores cenas gastronômicas de filmes e séries de TV, com receitas testadas e aprovadas por uma chef. Textos gostosos, dicas fáceis e ilustrações lindas.

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Cozinha Pop nos faz lembrar, rir e até falar sozinho a cada página. E também nos faz salivar. E nos tira por um, ou vários, momentos da vida online. Nos dá vontade de cozinhar, de apenas cortar uma cebola com o boy ou com as amigas, tomando uma taça de vinho. Saborear uma boa comidinha e depois ir atrás daquele filme que ainda não vimos, mencionado no livro. E, por fim, curtir a página lá no Feice  e dar sugestões para o volume dois. – duvido que não vai surgir alguma. Ah, e se você for instagramer, tudo bem tirar foto do prato preparado com uma receita do livro, só não esquece as hashtags #cozinhapop #ninguemperguntou ;)

Fotos Birdman: Fox Searchlight/divulgação

O fotógrafo e a cidade

O fotógrafo e a cidade

Postado por em fev 1, 2015 em Blog, Cinema, Destaques, Moda | 0 comentários

Imagine alguém que passasse 50 anos fotografando regularmente as pessoas nas ruas de uma grande metrópole, que as observasse na maneira de se vestir, de usar o cabelo, nos hábitos, nas coisas que carregam em seu dia a dia. Imagine que todas essas fotos, além de publicadas estivessem muito bem catalogadas e guardadas, em seus devidos negativos, em dezenas de fichários. Agora imagine que esses fichários estivessem todos na casa do fotógrafo. Que não é bem uma casa, mas sim um minúsculo apartamento, que nem cozinha e banheiro tem. Pois esse cenário existe. E nele reside um dos maiores fotojornalistas de todos os tempos, que é também um mestre do estilo e uma pessoa adorável.

E você pode conhecer sua história no excelente documentário Bill Cunningham – New York, que o acompanha em sua rotina clicando a moda das ruas e também conta seu passado profissional. Um filme que agrada a qualquer um, seja simpatizante da moda ou não. Isso porque, a carreira do  fotógrafo é bastante interessante e o registro histórico que faz da cidade, sensacional. Seu estilo de vida é tão importante quanto daqueles que fotografa. Dá uma olhada no quarto dele, ocupado pelos fichários de negativos, na foto aí embaixo, para ter uma ideia do figura. A obra já foi lançada há algum tempo (2011), demorei bastante para ver, até que enfim o fiz e recomendo muito que você o faça também.
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Aos 85 anos, Bill publica uma coluna semanal no site e na versão impressa do The New York Times, desde 1978, onde mostra o que coletou circulando de bicicleta pela cidade, capturando o estilo dos transeuntes. Seu olhar carrega uma estética apurada, assim como um viés antropológico. Suas fotos mostram o que há de comum entre a massa (e se pode chamar de tendência), mas também a grande diversidade de estilos, contradições que formam a personalidade de uma grande metrópole.

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O veterano fotógrafo não deixa de cobrir portas de desfiles e eventos da sociedade e do circo fashion, como fazem colegas renomados e muito bons como Scott Schuman, Garance Doré e Yvan Rodic, porém ele segue ainda mais próximo do cotidiano, verdadeiramente das ruas. Afinal, aqueles que vão às semanas de moda e afins se preparam para ser vistos, tem informação e acesso a produtos antes de todo mundo. Ou seja, estão imersos na indústria da moda e, apesar de criativos e com alto senso de estilo, não têm um ímpeto tão espontâneo ao montar uma combinação de roupas quanto um cidadão qualquer, flagrado na rua. Os fashionistas são ótimas referências de moda, contudo não geram tanta empatia e identificação com a maioria das pessoas.

Além disso, a visão de Bill do que vale um clique, de que estilo está acima da moda, de que beleza está no inusitado, no espírito que se expressa na roupa, no inovador, é muito inspirado. Seu posicionamento, como observador dos fatos, é encantador. Chega a ser excêntrico. Quando vai a um evento, não aceita nem um copo d’água, afinal, está ali a trabalho. Por anos, não recebeu salário de uma revista, se recusava, pois acreditava que o dinheiro o faria dependente das imposições editoriais e ele queria fotografar de forma livre e autoral.

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No Brasil, temos o RIOetc fazendo um trabalho muito legal de registro do estilo carioca, porém ainda acho que falta alguém que retrate mais o povo da rua. Em São Paulo, alguns veículos da imprensa fazem de vez em quando, em shows e festivais, ou pontualmente para mostrar alguma tendência, mas ainda não conheço algum fotógrafo – blog, tumblr, Instagram – bacana. Se alguém tiver um para indicar, conta aqui, por favor.

Fotos: First Thoughts Films /Zeitgeist Films

As mais bem vestidas do Globo de Ouro

Postado por em jan 12, 2015 em Cinema, Make-up, Moda | 0 comentários

Gente, esse post é praticamente uma conversa de Whatsapp. “Amiga, tá vendo o Golden Globes? Olha esse vestido da menina do 50 shades que qué isso? Morri”. Tipo assim. Tem minhas opiniões após intenso debate com as colegas. Colocarei aqui as mais belas e TENTAREI dar umas dicas que a gente pode trazer para a vida real – dentro do possível, considerando que não somos clientes da Maison Chanel (né???). Isso porque, em breve, estarei aprofundando meus conhecimentos em consultoria de estilo e estou muito me achando empolgada.

Vamos por cores, afinal, as cartelas dominantes ficaram bem definidas.

1. As prateadas
Essas lideram a lista, pois foram também minhas favoritas. E já que a melhor atriz de drama está nesse grupo e ela é musa (merecia um post especial aqui hem) e o vestido é lindo e ela nunca erra, foi a mais linda na minha opinião. E a Dakota Johnson, que daqui a um mês estará dando vida a Anastasia Steele em Cinquenta Tons de Cinza, estreou muito bem nos red carpets, toda reluzente. Metalizados vão bombar. O prata, mais fácil de usar, tanto de dia quanto de noite, deverá ser o mais visto por aí. A Zara já tem shortinho, saia… se joguem.

Julianne Moore de Givenchy – top 1 no red carpet, levou também um Globo de Ouro como melhor atriz de drama em longa-metragem.
Julianne Moore

Dakota Jonhson de Chanel – top 2
Dakota Johnson

Reese Witherspoon de Calvin Klein – tá simples, mas tá no revival minimalista, gostei. E ela vai estrelar um filme que me interessa, então estou simpatizando desde já com a moça. Dica: o tomara-que-caia valoriza o colo e, salvo mulheres com ombros muito largos, dá leveza e uma impressão de magreza, pois ressalta os ossinhos dessa parte do corpo. Muitas estrelas abusaram do modelo nesse Globo de Ouro.
Reese Witherspoon

2. As amarelas
Quem ousa vestir amarelo e fica bem, ganha meu coração. E quando são atrizes que eu gosto, it’s a match! Muito amor, viu. Amarelo é uma cor que assusta e, geralmente, é associada ao calor e à pele bronzeada. Eu sou bem branquinha e tenho dois vestidos amarelos que sempre ganham elogios, um deles é de manga comprida, usava com meia preta fio 40, no inverno. Acho que a cor é ótima e cai melhor do que as pessoas imaginam.

Leslie Mann de Kaufmanfranco, lindíssima – uma marca que nunca tinha ouvido falar, porém descobri que veste de um tudo muitas garotas em Hollywood. O slogan é  “the new sensualists”. Socorram.

Leslie Mann

Naomi Watts de Gucci, com colar MARA $$$ da Bulgari. O design de serpente é exclusivo da marca e a peça é de diamantes 76 quilates.
Naomi Watts

3. As vermelhas
Vermelho tem aparecido com muita frequência nos red carpets desde o ano passado. Sem medo de se misturar ao cenário, as atrizes estão investindo mesmo na cor. Eu acho que valoriza todos os tons de pele e dá um toque quente a persona. Em acessórios vai bem também. Todo um espanholismo sangre latino – em breve post sobre isso :)

Taylor Schilling de Ralph Lauren – top 5
Taylor Schilling

Jane Fonda de Versace – aos 77 anos mostra o lado exuberante da década de 90, que só o saudoso Gianni soube fazer naquele tempo.
Jane Fonda

Helen Mirren de Dolce & Gabbana – senhora elegância é seu nome
Helen Mirren

Lena Dunham de Zac Posen – mostrou que é possível fazer jus ao seu status no showbizz e se vestiu bem dessa vez
Lena Dunham

Allison Willians de Armani – amiga da Lena em Girls e na vida real, bela, de saião rodado, sem parecer um emoji
Allison Willians

4. Marsala
Jessica Lange de J. Mendel – com a cor do ano, só podia ser a mulher do ano, da década, da vida. Te amo. hahaha
Jessica Lange

5. Black & Pants
Emma Stone de Lanvin – top 3, foi de macacão, linda, gata, invejo, um dia vou ter esse cabelo. Lanvin, aliás, frequentemente veste as queridas de Hollywood como ela e Natalie Portman. Anotem aí para o dia em que forem a uma premiére hahaha. Sem brincadeira, macacão é peça para usar já! Corram. Pode ser de calça curta nesse verão de 40 graus, o macaquinho. E as duas aqui merecem um momento close no make.
Emma Stone

Emma fez um olho lindo, esfumado pesado azul escuro, com lápis Chanel Stylo Yeux Marine e combinou com um batom Revlon (ela é garota-propaganda da marca) Ultra HD na cor Iris – não tem no Brasil :(.

emma make

Lorde de Narciso Rodriguez – top 4 e me faz botar fé na geração Z. O look todo pode ser imitado. Barriguinha à mostra pode ser um problema, mas a cintura alta ajuda na produção. Vejam que ela mostra só uma faixa de pele. Make e cabelo são tendência forte. Amo. O colar de diamantes, de 100 quilates, competindo com o da Naomi, é Neil Lane.
lorde

O batom da Lordinha não foi roxo, mas foi lindo mesmo assim. Um tom de vermelho aberto da Kat Von D, o Studded Kiss Lipstick na cor Countess (não tem no Brasil). E o cabelo bem minimalista, frente baixa e “colada”, com rabo bem liso.

Lorde  make Lorde cabelo

6. Branco, off white e afins

Kate Hudson de Versace – top 6, por que no meu ranking eu coloco quantas eu quiser. Com um design inspirado nas coleções dos anos 90 da grife italiana, Penny Lane mostrou que tá abalando 14 anos depois. Dica quente: recortes verticais e assim meio desenhando a cintura, causam ilusão de ótica mesmo, dando forma de “violão”ao corpo. Stella McCartney fez um vestido assim há algumas temporadas que vendeu que nem banana para as celebridades.
Kate Hudson

Sienna Miller de Miu Miu – ela já foi um ícone de estilo bem mais relevante. Ultimamente tá meio sem graça. Porém, esse vestido era diferente, tinha fofura, tinha sensualidade, era cool. Ponto para ela.
Sienna Miller

Jemima Kirke de Adam Lippes- sei que vai gerar controvérsias, mas gostei do look space oddity. A atriz de Girls é divertida, jovem, moderna, tinha que vestir algo edgy sem ser forçado. O red carpet precisa de mais emoção desde Bjork.
Jemima Kirke

7. Estampadas
Lupita Nyong’o de Giambattista Valli – eu vi que a internet já achou um Bom Ar parecido com o vestido, mas gostei. A cor favorece, o modelo tem aplicações, pregas, movimento, graça. A mulher mais bem vestida de 2014 (segundo um monte de publicções especializadas em moda) continua com bom desempenho.
Lupita Nyong’o

Ana Kendrick de Monique Lhuillier – com uma cartela de cores que passa pelo Marsala, o modelo tem glamour, pouco visto esse ano, vestiu bem e combinou com o estilo da atriz. Mostrou que as petites também podem ficar belas em vestidos com saia mais aberta e volumosa. O decote em V alonga o tronco e a cintura marcada com um adereço fino ajuda a verticalizar e afinar a silhueta.
Anna Kendrick

Bom, acho que é isso. Não! Falta dizer o que não fazer. Nunca, nunca isso:

Keira Knightley de Chanel – se tiver oportunidade de usar um Chanel em um tapete vermelho, faça como a fofíssima do Cinquenta Tons de Cinza: escolha o mais bonito. Errar com um CHANEL é perder o bilhete da loteria. E meu coração se partiu ao ver essa coisa com gola de palhaço que ela vestiu. Ainda mais, porque a atriz sempre aparece tão bela. WTF?
Keira Knightley

Fotos: Getty Images Jason Merritt e John Shearer/Invision/AP

Musa: Stevie Nicks

Musa: Stevie Nicks

Postado por em dez 28, 2014 em Blog, Moda, Música | 0 comentários

Em 2014, ela voltou para o mainstream de uma forma avassaladora. Para escrever esse post, que vai tratar do estilo visual e de expressão da musa, fui pesquisar sobre sua vida, claro, e fiquei bastante impressionada com o quanto ela está em evidência. Stevie Nicks acabou de lançar um álbum solo e está em turnê – sold out – com sua banda dos anos 70, o Fleetwood Mac, o que ajuda a melhorar a exposição na mídia, mas não é só isso. São citações nos mais variados tipos de matérias e não apenas sobre seu trabalho, elogios extremados vindos de celebridades e espaços de destaque em programas populares nos EUA, como o Tonight Show e a série American Horror Story.
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Ela nunca saiu de cena totalmente, porém o momento favoreceu o reemergir dessa mulher poderosa, que carrega além de muitas vitórias ganhadas com suor e desgaste do gogó, uma aura mística.

Glee – Landslides (2010) – Stevie foi até o set acompanhar a performance de Gwyneth Paltrow fazendo cover de sua música

American Horror Story – Seven Wonders (2014) – a musa participou da terceira temporada da série

Vivemos uma era de um despertar feminino, acredito eu, em que, finalmente, a maioria se vê como igual em uma sociedade ainda cheia de ranços patriarcais. Além disso, a cultura pop passou a destacar artistas por sua autenticidade e seu legado, na medida em que a indústria deixou de valorizar apenas o novo e o jovem. Suas músicas, principalmente da época do Fleetwood Mac, são clássicos que agradam o atual gosto Normcore. Nesse contexto, Stevie parece se encaixar perfeitamente.

Nicks tem um brilho que vem de dentro e emana, envolvendo os demais a sua volta. Sua história mostra que sucesso vem do trabalho, mas também de incorporar sentimentos à carreira, indo além de apenas lapidar emoção em arte – vide sua atribulada história amorosa, como conta a blondenoir. Além disso, a bruxa sabe que o poder aumenta na irmandade e sempre carregou consigo um clã de moças talentosas. Pergunte a Courtney Love, Sky Ferreira, Tavi Genvinson, Florence Welch e às irmãs Haim. Talento, portanto, não é nada sem magia. Rock on, gold dust women!

Stevie e as irmãs Haim
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Bom, uma rainha do rock desse calibre só pode ser um ícone de moda. E sua estrela se reflete no estilo de suas pupilas, assim com nas coleções de marcas de roupas que abusam da pegada Boho. Nicks, contudo, não usa designers famosos. Desde o começo de sua carreira, se mantém fiel ao estilista Margi Kent e gosta de buscar peças em brechós e mercados de pulga. “Eu não queria me parecer com ninguém, por isso nunca procurei os grandes designers” (Marie Claire, 2014), explica a cantora.
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Cabelo de leoa, chapeus, plataformas, renda, chiffon, xales, tecidos esvoaçantes, mangas-morcego, bocas de sino e babados marcam seu visual. Ela diz que o misticismo sempre fez parte de seu trabalho e, portanto, de seu figurino: “Há muito tempo, decidi que teria uma presença mística, então fiz minhas roupas, botas, meu cabelo, todo meu ‘eu’ nessa linha. Eu sempre acreditei em bruxas do bem e não em bruxas más ou fadas ou anjos” (Interview, 1998).
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Xales e echarpes que possam se expandir no palco, como asas, tecidos leves e vestidos com pontas que criam uma imagem etérea são usados para aumentar sua figura “assim todos podem me ver até lá no fundo das arenas de shows”, (Harper’s Bazaar, 2013). Uma cantora da safra atual que imita declaradamente esse artifício é a Florence Welch, do Florence And The Machine. E o estilo de Stevie inspira muitas outras mocinhas do showbizz. Veja algumas delas:
Florence Welch
florence no palco
florence de branco

Courtney Love
Courtney Love Performs At The 1 Year Anniversary Of VINYL In Las Vegas

Sky Ferreira
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 UPDATE: A Supergingerfreak me mostrou esse vídeo da Alexa Chung cantando Blue Denim e não pude resistir em colocá-la aqui entre as pupilas da Stevie. A inglesa pode até não ter o estilo mais boho do mundo, mas o filme promove a linha de jeans que desenhou para a marca do estilista Adriano Goldschmied, ou seja, a bela acha que a vibe de Stevie ajuda a criar a imagem de moda necessária para vender suas peças. Alexa explicou em entrevista que a coleção traz o guarda-roupa jeans de seus sonhos, com peças inspiradas na estética do fim dos anos 60 e começo dos 70. Então, sim, ela se demonstra fã da musa, né?

Uma curiosidade: Stevie mantém seus vestidos mais importantes guardados em uma sala com temperatura controlada. Talvez calculadamente, uma vez que seu figurino vem servindo de referência para a indústria da moda há algum tempo. Quem sabe um dia pode ser exposto? Entre as coleções mais recentes inspiradas na cantora, está a de outono 2014 do estilista Michael Kors. Philip Lim e Jill Stuart também já desfilaram modelos inspirados na diva. Ela é musa ainda da Anna Sui, que já a apontou algumas vezes como referência de suas criações.

Phillip Lim 3.1 outono 2008
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Michael Kors outono 2014
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Jill Stuart outono 2009
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Anna Sui primavera 2014
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Um de seus assessórios-assinatura é o colar com pendente de lua, que não tira do pescoço e também distribui para todas as suas pupilas, as “sisters of the moon” (as irmãs Haim ganharam os seus). O símbolo é de uma lua crescente e, apesar de Stevie nunca ter explicado o que isso significa, sabe-se que é da Deusa e da feminilidade, assim como do poder em constituição, na crença Wicca. Em “Bella Donna,” uma de suas composições, a letra diz “The lady feels like the moon that she loves…Don’t you know that the stars are a part of us?”.
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A legião de fãs de Stevie Nicks alimenta referências fugazes em lojas fast-fashion e também sites como gypsymoon.com e enchantedmirror.com, que oferecem chapéus, acessórios e xales como os dela. Com o perfume 70’s que a moda atual ganhou, basta um pouco de ousadia para dar mais graça na produção e quem sabe sair por aí mais poderosa, no sentido denotativo ;)
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Fotos: Marie Claire, Huffington Post, NYTMagazine, Harper’s Bazaar, 21leme e Style.com.

Três dicas rápidas do que usar em 2015

Três dicas rápidas do que usar em 2015

Postado por em dez 19, 2014 em Blog, Make-up, Moda, Tendências | 0 comentários

Adeus ano velho, chega mais 2015! Vou aproveitar o ensejo e mostrar algumas coisas que devem pegar no próximo ano. Até porque, se a gente não usa esse tipo de gancho nessa época, ninguém lê porcaria nenhuma.

De toda forma, truques para ganhar cliques à parte, fiz escolhas que acredito que estão começando a despontar e são legais. Eu, pelo menos, vou adotar. ;)

Vários brinquinhos combinados com um brincão: acho que todas as minhas amigas têm mais de um furo na orelha. Nos anos 90 era de lei. E como essa década voltou com tudo… já vi fashionistas que sigo no Instagram aderindo. Hoje em dia, as lojas de bijuterias fast-fashion até vendem brincos que é só encaixar no lóbulo, para dar o truque. Bom, eu sou a favor de ser autêntica, então, daria um pulo na farmácia.
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Rímel colorido: se em 2014 a moda foi brincar de deixar o cabelo parecido com um arco-íris, agora a onda vai ser colorir os cílios. Para ilustrar, escolhi a cor  mais trendy de todas, a marsala, que foi a eleita de 2015 pela Pantone. Esse rímel aí da foto, aliás, é parte de uma coleção de make oficial da Pantone, feita em parceria com a Sephora. Já está à venda nos EUA e não há informação se chega nas lojas daqui. A cor é a do vinho de mesmo nome, de procedência italiana, que tem um tom marrom-avermelhado. Acho que logo logo vai dar para encontrar versões à venda em uma loja próxima. Se tiver a fim de adquirir um já, a Vult foi a marca nacional que encontrei com mais produtos em cores inusitadas. A Givenchy lançou uma coleção de mascáras com várias tonalidades, mas, por enquanto, só chegou a azul aqui. A Quem Disse Berenice tem verde e azul. A Avon tem azul e roxa. Espero que as fabricantes e revendedoras de maquiagem corram para aderir à tendência e nos ofertar mais opções :)
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Anos 70: se o minimalismo e o Normcore são tendências fortes no momento, as sobreposições, a profusão de acessórios, as sandálias rebuscadas e as estampas coloridas dos anos 70 são um contraponto e um alívio para aqueles que gostam de mais emoção no look. Há algumas temporadas que coleções têm vindo com toques dessa década: acentos hippie, disco, cigano e até um pouco de bruxismo – falarei sobre um ícone desse estilo em breve… Então, pode se jogar nas pantalonas, tecidos fluidos, batas, vestidos floridos, xales e quimonos. E deixe o cabelo crescer.
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Anna Sui, primavera 2014

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Etro, primavera 2015

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Paul&Joe, primavera 2015

*Fotos: Style.com e Pantone

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